Relação entre anemia ferropénica e metais pesados ou parasitas em adolescentes que consomem água subterrânea

Resumo

Objetivo: Determinar a relação entre anemia ferropénica e a presença de metais pesados ou parasitas em adolescentes que consomem água subterrânea na cidade de Juliaca, Puno. Material e métodos: Estudo prospectivo e analítico. A concentração de arsénio e alumínio nas águas subterrâneas foi analisada por espectrofotometria de emissão óptica em 24 amostras, a concentração de arsénio e alumínio na urina por espectrofotometria de massa acoplada a plasma indutivo em 24 amostras; presença ou ausência de Giardia lamblia e Entamoeba histolytica em análises parasitárias diretas em 24 amostras de água subterrânea; exames hematológicos de hemoglobina, hematócrito e constantes corpusculares em 92 adolescentes residentes da Urbanização Taparachi, durante o ano de 2019. Resultados: Foram encontrados níveis admissíveis de arsênico nas águas subterrâneas, níveis de hemoglobina, hematócrito e constantes corpusculares foram encontrados dentro dos valores de referência considerados normais em adolescentes. No entanto, foram encontrados níveis de arsênico acima dos valores aceitáveis na urina dos adolescentes, estes valores encontrados são por um tipo de arsênico orgânico ou os adolescentes estão sendo tolerantes a níveis muito baixos de arsênico inorgânico sendo permissíveis em águas subterrâneas. Foram encontrados níveis aceitáveis de alumínio na urina em adolescentes, enquanto os valores não admissíveis de alumínio em água subterrânea são por qualquer outra causa externa. Foi demonstrado que não há presença de Giardia lamblia e Entamoeba histolytica em águas subterrâneas. Conclusão: Não existe relação entre anemia ferropénica e consumo de água subterrânea em adolescentes.